Apesar de todos os avanços na área da saúde, que prolongam o período de independência e a saúde dos idosos, o impacto da idade, mais cedo ou mais tarde, vai chegar.
Em face a muitas doenças graves, não raramente os cuidados com idosos acamados, com vistas a apenas manter seu conforto, são a única opção possível.
Acontece que manter a saúde e o bem estar de pessoas nesta condição é muito mais complexo do que parece.
Afinal, além de administrar as medicações, é preciso assegurar a higiene, a dignidade e ficar atento a eventuais sinais de piora, que podem requerer atenção médica.
Confira, a seguir, algumas dicas a respeito de como proceder no cuidado a idosos com doenças graves:
Profissionais qualificados são fundamentais
A contratação de um cuidador de idosos é algo que já é praxe no cuidado a pessoas de idade.
Este profissional conta com toda a qualificação necessária para assegurar o conforto e a segurança de quem está a seus cuidados, sendo de grande ajuda para a família.
Acontece que, em quadros de doenças especialmente graves e/ou terminais, apenas ele pode não ser o suficiente para cuidar do idoso.
Isto acontece pois pode ser necessário ministrar medicações, monitorar sinais vitais e ficar atento a sinais de sofrimento, que podem significar a necessidade de atenção médica.
Assim, caso o indivíduo não esteja hospitalizado, é interessante contratar um serviço assistência de enfermagem ao paciente gravemente enfermo a domicílio.
Neste caso, quem se responsabiliza pelo cuidado com o idoso é um enfermeiro, profissional que também é qualificado na área, mas que tem conhecimentos mais aprofundados na área da saúde.
Exercícios físicos são primordiais
Há quem pense que, no caso de um paciente acamado, só é necessário trocar a roupa de cama e garantir cobertores e travesseiros confortáveis para ele.
Porém, não é bem assim: também é fundamental que ele, dentro dos limites de sua condição, se exercite.
É por conta disso que, em hospitais, normalmente há um fisioterapeuta, que trabalha alguns movimentos e alongamentos básicos com os pacientes: é possível realizar fisioterapia para punho, joelho, pernas e braços.
A frequência indicada costuma ser duas vezes ao dia, que já é suficiente para evitar a atrofia dos músculos, preservar o funcionamento de articulações e evitar problemas circulatórios.
É preciso monitorar sinais vitais
Dependendo do quadro que o idoso apresente, pode ser necessário fazer um monitoramento constante de seus sinais vitais. Alguns dos índices que podem ser controlados são:
- Temperatura;
- Pulso;
- Pressão arterial;
- Pressão venosa central;
- Oxigenação do sangue.
Estas variáveis são importantes pois, quando analisadas, podem fornecer uma série de informações a respeito do quadro de saúde do paciente à equipe responsável por seu cuidado.
Deste modo, é possível tomar decisões como novos tratamentos, mudança na dosagem da medicação e, até mesmo, internação em unidades de terapia intensiva.
O idoso deve ser mudado de posição
Quando uma pessoa fica parada na mesma posição por muito tempo, com certeza sentirá algum tipo de desconforto, seja uma dor no joelho, nas costas, nos membros ou um formigamento em alguma região do corpo.
Este é um dos motivos pelos quais um idoso acamado deve ser mudado de posição regularmente, a cada duas horas.
Por mais que ele não manifeste, a permanência prolongada em uma mesma posição pode causar dores e cãibras.
Além disso, este fator também pode causar lesões por pressão, mais conhecidas por escaras.
Trata-se de um ferimento na pele ou em outros tecidos moles, que aparece quando eles são pressionados por estruturas como ossos.
Alguns fatores que podem agravar a condição são umidade, desnutrição e calor.
A mudança constante de posição do idoso é um elemento importante para evitá-las. Isto porque a troca alivia a pressão sobre certa regiões do corpo, evitando que ela seja excessiva.
É preciso ter tempo para si
Por mais que a família conte com ajuda especializada nos cuidados de um paciente acamado, é fundamental que os parentes se façam presentes.
Eles deve dar carinho e compreensão, fatores muito importantes para a saúde mental do doente.
Entretanto, também é preciso que os responsáveis pelos cuidados tenham tempo para si. Afinal de contas, testemunhar o sofrimento de uma pessoa querida é sempre desgastante.
Assim, o ideal é que todos os envolvidos criem uma espécie de rodízio, para que o idoso nunca esteja desatendido, mas que o cuidado não pese apenas sobre as costas de uma pessoa.