A fototerapia é um tipo de tratamento médico que envolve a exposição ao aparelho de fototerapia, utilizando lâmpadas fluorescentes ou outras fontes de luz, como luzes de halogênio, luz solar e diodos emissores de luz (LEDs) para tratar certas condições médicas.
Existem diferentes tipos de fototerapia e o tipo, assim como a técnica usada pelo seu médico, dependerá da condição que você está recebendo. Costuma ser aplicada em clínicas médicas, coexistindo com outros aparelhos médicos, tais como aparelho de raio x.
Quem deve evitar a fototerapia?
Caso você se enquadre em qualquer uma dessas categorias, deve evitar o tratamento com fototerapia, ou pelo menos informar seu médico ou dermatologista sobre isso com antecedência:
- Estar grávida ou amamentando;
- Ter uma história familiar de câncer de pele;
- Ter doença hepática;
- Ter lúpus.
Lembre-se que o equipamento de fototerapia é mais do que um aparelho estético.
Fototerapia para doença de pele
Condições cutâneas como eczema, psoríase, vitiligo, prurido cutâneo e os sintomas cutâneos do linfoma cutâneo de células T podem ser tratados com fototerapia.
O tratamento fototerápico envolve o uso de luz ultravioleta — uma espécie de luz presente na luz solar — para reduzir o crescimento e a inflamação das células da pele.
Inclusive, inflamações causadas por bactérias e fungos, depilação incorreta e condições inflamatórias da própria pele (como acne e dermatite), que tem potencial de causar foliculite, também podem ser avaliadas e direcionadas para o tratamento de fototerapia.
Para isso, o grau e os agentes causadores das inflamações serão identificados, de modo que o tratamento mais adequado e melhor resposta seja iniciado e estabelecido junto a um cronograma.
Existem três tipos principais de fototerapia usados para doenças da pele, como pode ser conferido a seguir:
– UVB de banda larga: envolve o tratamento de condições de pele como eczema e psoríase.
– UVB de banda estreita: envolve o uso de apenas uma pequena parte da radiação UVB para tratar a condição da pele. É mais intensa que a banda larga UVB e é a opção de fototerapia mais comumente utilizada pelos dermatologistas.
– Aparelho fototerapia vitiligo: envolve combinar a luz UVA com um certo tipo de substância química proveniente de plantas, que torna a pele mais sensível à luz. É usado para condições como vitiligo, linfoma cutâneo de células T e psoríase.
Lembre-se que os raios UVA e UVB são diferentes do raio x, mas devem ser aplicados apenas sob supervisão médica.
Transtornos do humor, do sono e afetivo sazonal
A fototerapia também é usada para tratar distúrbios do humor e do sono, embora seja mais comumente referida como terapia de luz nesses contextos. As principais condições utilizadas são transtorno afetivo sazonal e distúrbios do sono do ritmo circadiano.
O transtorno afetivo sazonal é também conhecido como depressão sazonal, e é causado por mudanças sazonais, geralmente começando no outono e durando todo o inverno. A terapia de luz envolve o uso de uma mesa de luz — uma caixa especialmente projetada que emite luz suave em um comprimento de onda padrão.
A terapia de luz usada desta maneira tem um número de efeitos colaterais que você deve estar ciente. Alguns deles são dores de cabeça, fadiga, insônia, hiperatividade e irritabilidade.
Apesar de ter efeitos colaterais, eles são mínimos e geralmente temporários, e é uma opção de tratamento fácil e relativamente de baixo custo. Além disso, se funcionar para você, será possível reduzir a quantidade de medicação antidepressiva que usar (se houver).
Ao contrário da radiologia, especialidade da medicina que usa radiação para tratar doenças como o câncer, a fototerapia pode ser aplicada várias vezes, sob orientação médica, sem prejuízo ao paciente.
A fototerapia também tem sido explorada para depressão não sazonal. No entanto, enquanto existem muitos estudos apoiando e sugerindo que a terapia da luz vale a pena ser explorada, se você tem uma depressão não sazonal, não há consenso médico de que seja um tratamento eficaz.
Distúrbios do sono do ritmo circadiano
A fototerapia pode ajudar se os distúrbios do ritmo circadiano mudarem para padrões e tempos normais de sono. Com este tipo de tratamento, o momento em que é feito é extremamente importante.
O seu médico ou especialista em sono irá ajudá-lo a determinar o momento certo para você ficar exposto à luz, depois de levar em consideração seus sintomas individuais.
Hiperbilirrubinemia e icterícia
A fototerapia é usada há mais de seis décadas para tratar hiperbilirrubinemia e icterícia (o amarelamento da pele, olhos e tecidos do corpo de um bebê como resultado do excesso de bilirrubina) em recém-nascidos.
A bilirrubina absorve a luz, o que resulta na decomposição da bilirrubina em substâncias que o corpo do bebê consegue processar e excretar.
Existem duas formas principais de os bebês com icterícia serem tratados com fototerapia. A maneira usual é cobrir os olhos do bebê e colocá-los sob holofotes de halogênio ou lâmpadas fluorescentes.
Tubos de luz fluorescente compacta e dispositivos LED (diodo emissor de luz) azuis também são usados para dar tratamento de fototerapia aos bebês. Eles podem ser mantidos perto dos corpos dos bebês, pois não produzem muito calor.