Existem, em todo o Brasil, cerca de 40 milhões de pessoas com algum problema auditivo. Destas, 10 milhões sofrem de perda na audição, enquanto as demais sofrem de outro mal: o zumbido.
A boa notícia é que, com os avanços na tecnologia, ambos os problemas podem ser resolvidos por meio de um pequeno aparato: o aparelho auditivo.
Este objeto é responsável por captar os sons do ambiente, amplificá-los e fazer com que o usuário tenha mais facilidade para ouvi-los.
O problema é que, por mais que a melhora de qualidade de vida entre quem o utiliza seja palpável, seu alto custo ainda impede seu uso por grande parte da população: os valores começam em cerca de R$ 8 mil.
Ele pode ser obtido pelo SUS, mas é comum que pacientes fiquem anos na fila de espera.
Por conta do alto investimento necessário para usufruir deste aparato, é importante tomar uma série de precauções, com o objetivo de assegurar que os resultados serão os melhores possíveis, e que o aparelho será tão durável quanto possível. Confira alguns deles a seguir:
Nem todo aparelho funciona em todo caso
O teste de audição usado para diagnosticar a perda auditiva, não basta para justificar o uso de um aparelho do tipo.
É preciso fazer uma análise mais profunda da deficiência, de modo a determinar qual modelo será mais vantajoso para o paciente.
Um dos procedimentos feitos é a audiometria. Nele, o paciente recebe estímulos sonoros e deve sinalizá-los ao profissional que conduz o exame.
Já no caso do exame impedanciometria, o objetivo é descobrir mais informações a respeito do estado do ouvido do paciente, tais como:
- Mobilidade da membrana do tímpano;
- Existência de secreção;
- Verificação da pressão do ouvido médio;
- Estado dos ossículos do ouvido médio.
Munido destas informações, o médico otorrinolaringologista pode indicar qual é o aparelho indicado para cada caso com mais segurança.
Os aparelhos são danificados pela água
O aparelho auditivo é um eletrônico como outro qualquer. Assim sendo, ele também precisa de usa série de cuidados com o objetivo de evitar defeitos e prolongar sua vida útil.
No caso deste aparato, especificamente, é preciso ter em conta que ele é extremamente vulnerável a danos quando entra em contato com a água.
Por conta disso, é fundamental que o usuário use um desumidificador de aparelho auditivo de forma cotidiana.
Como o próprio nome diz, este aparato remove a umidade acumulada durante o uso, ajudando a evitar vários tipos de defeitos.
Vale ressaltar que, mais recentemente, estão sendo desenvolvidos modelos à prova d’água, que podem ser usados até mesmo para praticar mergulho.
O paciente interessado em usá-lo deve consultar seu médico, e conferir se os resultados do exame realizado sinalizam que isso é possível.
Afinal, seu custo é alto, e o investimento só deve ser feito quando houver certeza sobre a possibilidade do seu uso.
Há versões com bateria recarregável
Assim como qualquer outro aparato eletrônico, o aparelho auditivo tem uma fonte de alimentação, de onde suas peças tiram energia para operar.
Por conta disso, a pilha para aparelho auditivo é fundamental para que ele funcione bem
Acontece que, em boa parte dos modelos, ela não é recarregável. Assim, deve ser trocada quando estiver perto de se esgotar.
Isto, por sua vez, traz uma série de transtornos: quando a pilha acaba, o usuário do aparato pode ficar algum tempo sem ouvir adequadamente.
Do mesmo modo, a população idosa – que é um dos principais grupos de risco para problemas auditivos – tem dificuldades para manipular a pilha e fazer sua troca.
Por conta disso, a indústria já está desenvolvendo modelos que têm baterias recarregáveis.
A vantagem é que o carregador funciona em conjunto com o desumidificador, para que ambos os procedimentos sejam feitos simultaneamente.
Deve haver um período de adaptação
Por mais que os benefícios que o aparelho auditivo traz ao usuário sejam inegáveis, acostumar-se a usá-lo pode ser difícil: afinal, o aparato ficará inserido no ouvido o dia todo.
Além disso, para quem passou muito tempo sem ouvir em, passar a fazê-lo pode ser uma mudança extremamente intensa.
Consequentemente, recomenda-se que todo novo usuário deste aparato passe por um período de adaptação.
Neste intervalo, ele é usado todos os dias, por algumas horas, com o acompanhamento da equipe de saúde responsável.
Dependendo dos resultados, pode-se fazer ajustes, ou, até mesmo, trocar o modelo indicado.