Os cuidados pós-operatórios começam logo após as cirurgias, têm continuação na sala de recuperação e são essenciais mesmo depois do período de alta.
Na maioria das situações, as preocupações clínicas imediatas estão relacionadas às vias respiratórias, o controle da dor, o estado mental do paciente e a cicatrização do ferimento.
Entretanto, a prevenção de retenção urinária e de constipação intestinal são essenciais, assim como o controle da variabilidade da pressão arterial.
Certos tipos de cirurgia demandam cuidados especiais por um período e o mesmo pode ocorrer na recuperação de doenças.
Muitas vezes é preciso investimentos, precauções ou ações específicas, que devem ser feitas seguindo o protocolo indicado pela equipe médica envolvida.
Quando comprar ou alugar cama hospitalar?
A cama hospitalar é fundamental para quem precisa ficar acamado por um período, para a recuperação de cirurgias ou doenças.
Antes de alugar ou comprar, o ideal é analisar a situação do paciente, principalmente com relação ao tempo em que a cama será utilizada.
Além disso, a escolha do modelo mais adequado leva em conta:
- Se o equipamento tem as funções que a situação clínica exige;
- O peso do paciente;
- Existência de feridas ou possíveis alergias na pele;
- Se o paciente usará a cama o dia todo;
- O estado de consciência do paciente.
A partir de uma análise do perfil do paciente, a escolha do modelo ideal é facilitada. Acessórios também podem contribuir para o conforto.
O aluguel de cama de hospital também deve considerar o perfil do cuidador do paciente, seja um profissional ou familiar. Principalmente no segundo caso, limitações físicas podem atrapalhar nas tarefas do dia a dia.
Curativos, cicatrização e controle de infecção
Algumas cirurgias não demandam muito tempo em observação no hospital, mas têm uma recuperação delicada e que requer muitos cuidados. Um exemplo é a rinoplastia, que demanda pelo menos 15 dias em repouso e alguns curativos antes de retornar à vida normal.
Lavar as mãos é fundamental antes e depois de qualquer manipulação de curativos. O próximo passo deve ser avisar ao paciente sobre a troca dos curativos, já que o procedimento pode ser desconfortável, dependendo da ferida e da situação da cicatrização.
Antes de começar, também recomenda-se a preparação dos materiais
necessários, que deve ser estéril e estar em bom estado de conservação.
É indicado o uso de pinça anatômica, espéculos descartáveis e gazes para a manipulação, evitando contato direto e possíveis infecções.
A colaboração do paciente geralmente é mais fácil quando ele é informado sobre a situação das feridas. Os curativos nunca devem ser trocados no horário das refeições e, se a troca for feita em uma enfermaria, o máximo de privacidade deve ser dada ao paciente.
A limpeza da pele adjacente à ferida deve ser feita com uma solução com sabão, o que vai desengordurar a área e remover patógenos, além de melhorar a fixação do curativo.
A limpeza sempre deve ser feita da área menos contaminada para a área mais contaminada, que costuma ser ao redor das feridas.
Em alguns casos o uso de hemostático em pó é indicado para o tratamento de sangramentos moderados nas feridas cirúrgicas.
Com o uso do produto, a cessação do sangramento é realizada por desidratação rápida e hemoconcentração do sangue em contato com o pó.
Por fim, o curativo pode ser fixo com atadura ou esparadrapo. O último não deve ser indicado em locais em que pode atrapalhar o movimento das articulações, ou onde houver pelos ou secreções.
Nesses casos, as ataduras devem ser colocadas de forma que não afrouxem nem comprimam de maneira exagerada o local.
De uma maneira geral, entretanto, os procedimentos para a realização dos curativos devem ser estabelecidos pela equipe médica levando em consideração a função do curativo na recuperação do paciente e o grau de contaminação no local.
O mesmo ocorre com a utilização de cama hospitalar e em qualquer outro procedimento relacionado à recuperação de pacientes de cirurgias ou de doenças.
O acompanhamento médico é essencial antes e deve seguir durante a recuperação pelo tempo que for necessário para o paciente restabelecer boa saúde e confiança em si mesmo.
A consultoria não só evita dúvidas comuns, mas também indica as melhores formas de agir para diminuir dor, inchaço e outros incômodos comuns nessa fase.